sábado, 4 de junho de 2011

Gincana de Genética Concluída!

Finalmente, concluí agora as questões da Gincana de Genética. Liberada da AV2 de Genética, não tem preço. Valeu à pena!

10º Fichamento. Questão 03 da Gincana de Genética

Terapia gênica

NARDI NB, TEIXEIRA L AK, SILVA E FA, Ciência & Saúde Coletiva, 7(1): 109-116, 2002

"A possibilidade de descrição genética do homem representa talvez o último nível de uma busca de autoconhecimento que teve início há milênios. O conhecimento dos genes responsáveis por características normais ou patológicas permite a plena aplicação dos princípios da medicina genômica, que deverá modificar os procedimentos médicos no diagnóstico e tratamento de várias doenças e onde se inclui a terapia gênica. Em doenças causadas por mutações gênicas, a introdução de um gene normal poderá reverter o quadro clínico."
"Apesar do acúmulo de conhecimento sobre a constituição genética do homem e as metodologias para a manipulação gênica, a aplicação da terapia gênica como uma rotina clínica tem esbarrado em diversos problemas de ordem técnica. Transferência gênica é um termo que inclui todos os procedimentos que visam à entrada de algum material genético em células-alvo. O material genético a ser utilizado em experimentos de transferência gênica é mais comumente encontrado em duas formas: na forma plasmidial, onde um gene de interesse é inserido em um plasmídio de expressão eucariota, promovendo assim a síntese da proteína desejada nas células ou tecidos alvos, ou na forma viral, onde o transgene substitui regiões gênicas de certos vírus. Os métodos de transferência gênica são geralmente divididos em três categorias: métodos físicos, métodos químicos e métodos biológicos."
"Tanto doenças hereditárias como adquiridas têm sido alvos constantes de estratégias de terapia gênica. "
"Apesar dos diversos protocolos clínicos aprovados para a transferência de genes em humanos, os benefícios reais alcançados até o momento com a terapia gênica são frustrantes e estão muito aquém das propostas iniciais. Os métodos de transferência gênica disponíveis, ainda que variados, são pouco eficientes e apresentam sérias limitações quanto ao direcionamento celular."
"Finalmente, deve ser lembrado que qualquer mal que possa resultar da pesquisa para a espécie humana não será causado por qualquer descoberta, mas sim da utilização que o homem fizer dela."

9º Fichamento. Questão 03 da Gincana de Genética

Mecanismos Patogênicos da Doença Periodontal Associada ao Diabetes Melito.

ALVES C, ANDION J, BRANDÃO M, MENEZES R, Arq Bras Endocrinol Metab 2007;51/7

"Diabetes Melito (DM) é uma doença crônica caracterizada por deficiência parcial ou total na produção de insulina ou por resistência à sua ação. Também está relacionado a complicações bucais. A doença periodontal (DP) é a complicação oral mais importante, sendo considerada a sexta complicação clássica do diabetes. Além do seu efeito deletério sobre a saúde oral e controle glicêmico, vários estudos têm demonstrado associação da doença periodontal com a doença coronariana, outra importante causa de morbidade e mortalidade em diabéticos."
"O dente pode ser dividido, de forma didática, em uma porção externa denominada coroa e outra interna embebida no processo alveolar, a raiz. O ligamento periodontal fixa o dente ao processo alveolar, sendo formado por tecido fibroso, células epiteliais e células mesenquimais indiferenciadas. A doença periodontal é o processo inflamatório que ocorre na gengiva em resposta a antígenos bacterianos da placa dentária que se acumulam ao longo da margem gengival. Diversos fatores associados ao DM podem influenciar a progressão e agressividade da doença periodontal: tipo de diabetes, idade do paciente, maior duração da doença e controle metabólico inadequado. A infecção periodontal, condicionada por células fagocitárias com monócitos pode induzir a um estado crônico de resistência à insulina, contribuindo para o ciclo de hiperglicemia. No DM, as principais alterações encontradas na saliva são hipossalivação e alteração da sua composição. O elevado teor de cálcio na saliva predispõe à formação de cálculo e fatores irritativos nos tecidos periodontais."
"Indivíduos com deficiente resposta imune não conseguem eliminar os microorganismos patogênicos, perpetuando o processo inflamatório. A inflamação crônica produz radicais livres de oxigênio que ativam metaloproteinases, que degradam o colágeno do ligamento periodontal diminuindo a fixação do dente ao processo alveolar e aumentando a profundidade do sulco gengival."
" Alterações genéticas podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento do DM e doença periodontal.Em pacientes diabéticos, as alterações do tecido conjuntivo e vascular prejudicam a cicatrização dos tecidos normais, propiciando o desenvolvimento de doença periodontal."
"O diabetes melito está relacionado a diversas alterações que podem predispor à doença periodontal. Dentre elas, destacam-se as alterações bioquímicas, como produção de AGES, hiperglicemia intracelular gerando distúrbios nas vias do poliol, alterações na saliva, distúrbios imunológicos, como redução da função dos neutrófilos e aumento da produção de citocinas e mediadores inflamatórios, alterações genéticas que a probabilidade de desenvolvimento da doença periodontal e lesões teciduais, como comprometimento do metabolismo do colágeno, aumento da permeabilidade vascular e espessamento da membrana basal capilar. Os AGEs parecem ser um dos principais responsáveis pelas alterações que levam à doença periodontal, pois estão relacionados à diminuição da eficiência dos neutrófilos, aumento da destruição dos tecidos conjuntivo e ósseo, danos vasculares e produção exagerada de mediadores inflamatórios."

8º Fichamento. Questão 03 da Gincana de Genética.

Células-tronco em Odontologia

SOARES AP, KNOP L AH, JESUS AA, ARAÚJO TM, R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v.12, n.1, p. 33-40, jan./fev. 2007

"A perda dentária e dos tecidos periodontais pode resultar em movimento dos dentes remanescentes, dificuldade na mastigação, fonação, desequilíbrio na musculatura e comprometimento da estética dentária e do sorriso, comprometendo a auto-estima. esforços têm sido dirigidos para o desenvolvimento de mecanismos para a utilização de células-tronco na reposição de tecidos bucais. Para a bioengenharia é essencial uma tríade composta por células-tronco ou progenitoras, uma matriz que funcione como arcabouço e proteínas sinalizadoras, denominadas fatores de crescimento, como estímulo para diferenciação celular. Células-tronco são definidas como células indiferenciadas com grande capacidade de auto-renovação e de produzir pelo menos um tipo celular altamente especializado. Existem as embrionárias e as adultas.Inúmeros estudos têm isolado células altamente proliferativas, derivadas da polpa dentária. Constatou-se que tais células são multipotentes e possuem a capacidade de autorenovação e de diferenciação em diversos tipos celulares. Existem evidências de que células-tronco de dentes decíduos são similares àquelas encontradas no cordão umbilical. Para bioengenharia de tecidos, uma matriz é essencial, pois fornece o arcabouço necessário para o transporte de nutrientes, oxigênio e resíduos metabólicos."
"A morfogênese dentária envolve uma série de interações dinâmicas e recíprocas entre o ectoderma e o mesênquima. Inúmeros esforços têm sido direcionados para a regeneração periodontal. Laino et al.11 demonstraram a presença de células tronco-adultas no ligamento periodontal, com propriedade clonogênica e alta taxa proliferativa. O objetivo da Odontologia conservadora é restaurar ou regenerar os tecidos dentários para manter a vitalidade, a função e a estética do dente."
"Existe um grande avanço nos experimentos com células-tronco adultas provenientes de tecidos bucais. O seu fácil acesso e o fato de não serem órgãos vitais constituem um atrativo para testes de praticidade e viabilidade de técnicas da bioengenharia. É possível que, num futuro próximo, se utilize da bioengenharia na terapia endodôntica e periodontal, apesar de, atualmente, a ciência se encontrar distante de desenvolver órgãos dentários completos a partir de células-tronco, devido aos mecanismos complexos da formação dentária."

7º Fichamento. Questão 03 da Gincana de Genética

APLICAÇÕES DA BIOLOGIA MOLECULAR NA ODONTOLOGIA: CONCEITOS E TÉCNICAS


SILVA FB, SOUSA S MG, vol. 14 n.2 jul./dez. 2002

"Os avanços na biologia molecular têm contribuído significativamente para o entendimento da etiologia das doenças humanas, também vem apresentando aplicação bastante expressiva na pesquisa de marcadores genéticos úteis no diagnóstico laboratorial e na avaliação da predisposição a inúmeras doenças. Na área odontológica tem proporcionado o diagnóstico precoce da cárie dental, da doença periodontal e do câncer bucal."
"Os cromossomos são estruturas responsáveis pelo armazenamento, duplicação e transmissão de material genético. O ser humano possui 23 pares de cromossomos de tamanhos e formas diferentes. O DNA é um polímero formado por nucleotídeos. As bases nitrogenadas podem ser de dois tipos: pirimidínicas e púricas. Para o DNA ser comprimido dentro do núcleo celular, ele é helicoidizado em diversos níveis. O RNA é composto por uma única cadeia de nucleotídeos. Existem três tipos: mensageiro, ribossômico e transportador. A síntese de proteínas é ativada quando uma proteína torna-se necessária ao metabolismo celular. Para iniciar a síntese, a seqüência de DNA que contém o gene específico para determinada proteína deve estar com as pontes de hidrogênio rompidas entre as bases e a dupla hélice desenrolada. "
"A análise molecular é um novo método de avaliação que busca as alterações expressas em nível genético, ou seja, pelo DNA. Para extrair o DNA do núcleo celular, são necessárias várias etapas, que compreendem lise celular, extração das proteínas e do RNA, precipitação do DNA, até a purificação. A eletroforese em gel de agarose ou de poliacrilamida é um método simples e rápido que separa o DNA em fragmentos de tamanhos diferentes usando enzimas de restrição. MÉTODOS: MÉTODO DE SOUTHERN - Depois de obtidos os fragmentos de DNA no gel, um certo segmento do DNA que contém o gene de interesse pode ser detectado pela hibridização com uma sonda específica. Para isso, o DNA contido no gel é transferido para um filtro de nitrocelulose ou náilon por meio do método de transferência chamado Southern blotting; HIBRIDIZAÇÃO COM OLIGONUCLEOTÍDEOS ALELOESPECÍFICOS - reconhecimento de um alelo particular usando-se diferentes sondas; REAÇÃO EM CADEIA DE POLIMERASE - amplificação enzimática específica do DNA visando à produção de milhões de cópias dessa seqüência em um tubo de ensaio. HIBRIDIZAÇÃO IN SITU DE FLUORESCÊNCIA - utiliza-se uma preparação de cromossomos metafásicos em lâmina, na qual o DNA cromossômico foi desnaturado pela exposição a formamida antes da hibridização, com uma sonda apropriada"
"A microbiologia bucal é essencial para a identificação e caracterização de vários microrganismos envolvidos nas infecções bucais. Muitos métodos têm sido usados na detecção da variação fenotípica e genotípica para a caracterização de patógenos periodontais, assim como na identificação de bactérias da cavidade bucal. Na terapia endodôntica, os profissionais serão capazes de desenvolver geneticamente tecido pulpar dentro do canal para crescer e preencher a câmara. Os genes supressores tumorais têm a propriedade de bloquear a proliferação celular descontrolada. Tem sido evidenciado que genes específicos estão alterados no câncer bucal. Acredita-se que o mapeamento do genoma e a clonagem de genes para síndromes de câncer fornecerão informações importantes a respeito dos mecanismos de carcinogênese e dos processos biológicos fundamentais. Atualmente, os patologistas têm dado maior importância à identificação da apoptose e da mitose para poderem melhor compreender a cinética e o desenvolvimento de diversos processos patológicos. Os carcinomas espinocelulares na cavidade bucal constituem a maior proporção de cânceres de cabeça e pescoço e umas das principais causas de morbidade e mortalidade mundial."

6º Fichamento. Questão 03 da Gincana de Genética

Avaliação de dois métodos de extração de DNA de material parafinado para amplificação em PCR.

SIMONATO LE, GARCIA JF, NUNES CM, MIYAHARA GI, J Bras Patol Med Lab, v.43, n.2, p. 121-127, abril 2007

"As técnicas de otimização de extração de DNA para utilização na reação em cadeia pela polimerase (PCR) permitem a investigação diagnóstica em diferentes amostras biológicas, mesmo quando o DNA está presente em pequenas quantidades. Resquícios de saliva, esfregaço bucal, sangue, bulbos capilares, tecidos incluídos em parafina, ossos, gotas de esperma, entre outros, podem fornecer informações importantes, desde que analisados de forma adequada. Segundo Kullmann , Lehmann e Kreipe e Liu, o fator que tem maior influência no sucesso da amplificação do DNA obtido de material parafinado é o grau de fragmentação do DNA presente. Neste trabalho apresentamos os resultados da extração de DNA de 35 amostras de tecido de casos de carcinoma epidermóide de assoalho bucal que haviam sido fixadas em formol a 10% e conservadas em blocos de parafina, empregando-se dois métodos de extração de DNA. Foram utilizadas 35 amostras de tecido provenientes de casos de carcinoma epidermóide de assoalho bucal. Antes da extração do DNA, os cortes passaram pelo processo de desparafinização. O protocolo para extração de DNA com Chelex 100® foi baseado no método descrito por Coombs . Em cada tubo foi adicionado 1 μl de proteinase K (20 mg/ml), sendo as amostras incubadas em banho-maria a 55°C, durante três horas, e agitadas gentilmente a cada hora. Após esse período, a cada tubo foram adicionados 100 μl de Chelex 100® a 5% (diluído em solução de Tris 10 mM e EDTA 1 mM), sendo os mesmos aquecidos a 99°C durante 10 minutos e agitados gentilmente após o término do aquecimento. Seguiu-se a centrifugação a 10.600 rpm durante 15 minutos. Os tubos foram novamente aquecidos a 45°C por cinco minutos e, posteriormente, foram adicionados 100 μl de clorofórmio. Realizou-se centrifugação a 10.600 rpm durante 15 minutos, recuperando-se o sobrenadante contendo o DNA em tubos limpos, que foram armazenados a 20°C negativos. O protocolo para extração de DNA a partir de material parafinado com o sistema comercial QIAamp DNA minikit® foi realizado de acordo com as normas do fabricante. Em cada tubo foram adicionados 180 μl de Buffer AT (Tissue Lysis Buffer), além de 20 μl de proteinase K. Após homogeneização, as amostras foram incubadas em banhomaria a 55°C, durante três horas, e agitadas gentilmente a cada hora. Após esse período, adicionaram-se a cada tubo 200 μl de Buffer AL (fornecido pelo fabricante), sendo os mesmos aquecidos a 70°C durante 10 minutos para a inativação da proteinase residual. Em seguida, foram adicionados 200 μl de etanol, agitando-se durante 15 segundos e centrifugando brevemente. A solução resultante foi transferida para o dispositivo da coluna QIAamp DNA minikit® e centrifugada a 8.000 rpm por um minuto. O dispositivo com a coluna foi removido do tubo e recolocado em um tubo limpo. Foram adicionados 500 μl de Buffer AW1 (Wash Buffer 1) ao dispositivo com a coluna, que foram centrifugados a 8.000 rpm por um minuto. O procedimento de lavagem foi repetido com 500 μl de Buffer AW2 (Wash Buffer 2), seguido de centrifugação a 14.000 rpm durante três minutos. O DNA extraído da coluna foi eluído pela adição de 100 μl de Buffer AE (fornecido pelo fabricante). Primeiramente foram adicionados 50 μl, aguardando-se um minuto e centrifugando-se a 8.000 rpm durante um minuto. Em seguida, 50 μl de Buffer AE foram adicionados, aguardando-se cinco minutos e centrifugando-se a 8.000 rpm por um minuto, após as amostras terem sido transferidas do dispositivo para tubo de recuperação. As mesmas foram armazenadas a -20°C. A análise estatística foi realizada por meio do teste t pareado, com nível de significância de 1%. A quantidade e a pureza do DNA genômico obtido por ambas as técnicas avaliadas foram satisfatórias para a realização da PCR. Houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos, tanto na quantidade (p = 0,0003) como na pureza (p < 0,0001) do DNA obtido. A fixação de tecidos com formol a 10% é um método prático e eficiente para sua preservação, sendo, portanto, largamente utilizado em anatomia patológica. Contudo esse tipo de fixação resulta no enovelamento de proteínas nucleares, na formação de ligações entre proteínas e DNA e na fragmentação do DNA, o que dificulta a extração dessa classe de moléculas de tecidos fixados. Os dois métodos utilizados para obtenção de DNA de material parafinado neste estudo apresentaram desempenho semelhante em condições locais, revelando que ambos os métodos descritos têm potencial para extrair DNA genômico de boa qualidade."

5º Fichamento. Questão 03 da Gincana de Genética

Biologia molecular na odontologia: métodos comumente utilizados na cariologia;

VALARINI N, DOI RK, MACIEL SM, FREDERICO R CP, Odontol. Clín.-Cient., Recife, 10 (1) 19-23, jan./mar., 2011

 "A cárie dentária é uma doença de caráter multifatorial e a interação de fatores do hospedeiro com microrganismos e dieta determinam sua manifestação. Estabelecer a base genética para esta doença fornecerá subsídios para o desenvolvimento de novas estratégias de prevenção, diagnóstico, tratamento, avaliação de risco e compreensão de sua patogênese. Diante do intenso desenvolvimento da Biologia Molecular, o presente trabalho tem como objetivo apresentar ao cirurgião-dentista esta promissora ciência e, principalmente, mostrar a aplicação da tecnologia em genética molecular na prevenção da cárie dentária. O início da era da Genética se deu em 1865, quando o monge Gregor Johann Mendel realizou experimentos de cruzamentos de ervilhas. Nascia, então, a Genética Clássica e os conceitos de gene, fenótipo, genótipo e transmissão de caracteres. O Projeto Genoma Humano (PGH) foi oficialmente iniciado em 1990, quando os Estados Unidos da América o lançaram como um programa com a finalidade de sequenciar o genoma humano. Com direção do NHI (National Institutes of Health) e do DOE (Departamento de Energia do Governo Americano), o projeto teve o envolvimento de 18 países, entre eles Inglaterra, Japão, Canadá, França, Brasil e Alemanha. O Brasil teve notável participação no estudo do genoma humano bem como de outras espécies. O principal agente causador da cárie dentária. Desde o início do século XX, pesquisadores já avaliavam a suscetibilidade genética à cárie dentária por meio de estudos com gêmeos monozigóticos e dizigóticos. Tais estudos indicavam que a herança genética tinha participação na cárie dentária, mas as conclusões eram de que esta herança era apenas um fator contribuinte. Quatro estudos detectaram um componente genético na suscetibilidade à cárie dentária e demonstraram que a cárie em gêmeos monozigóticos tinha uma concordância maior do que nos dizigóticos. O maior avanço no entendimento do papel da hereditariedade e a incidência da cárie dentária foi obtido com o estudo realizado intitulado "Minnesota Study of Twins Reared Apart". A maior vantagem do estudo foi a de que a maioria dos participantes tinha idade superior a quarenta anos e não vivia no mesmo ambiente logo após o nascimento até a data da análise. Foi sugerido que vários fatores genéticos podem estar envolvidos no processo da cárie dentária e na maior similaridade de cárie em gêmeos monozigóticos. Tais fatores são: salivares e da microbiota bucal, tempo e sequência de erupção dentária, morfologia dentária, forma do arco dentário, espaço dentário e propensão à dieta. Atualmente, existem muitos métodos para análise do DNA. As técnicas mais relevantes na área odontológica, com a finalidade de apresentar ao cirurgião-dentista as várias possibilidades existentes: Extração e purificação de ácidos nucleicos; Eletroforese; Reação em cadeia da polimerase; PCR em tempo real; Polimorfismos de tamanhos de fragmentos de restrição (RFLP); Amplificação Alelo Oligonucleotídeos- Específica (PCR-ASO); Reação em cadeia da polimerase utilizando primers arbitrários; Microarrays; Checkerboard DNA-DNA hybridization. A cárie dentária continua sendo uma doença muito prevalente na população mundial, mas que pode ser prevenida ou controlada. Os avanços na biologia molecular e nas tecnologias geradas nos últimos anos permitiram que novas abordagens acerca desta e de outras doenças bucais fossem utilizadas. Num futuro, dentistas serão capazes de aplicar técnicas de engenharia genética que estimulem a reparação do próprio corpo."

sexta-feira, 3 de junho de 2011

4º Fichamento. Questão 03 da Gincana de Genética.

Projeto genoma humano e Ética.

ZATZ M, São Paulo em Perspectiva, 14(3) 2000

"O projeto genoma humano (PGH) tem como objetivo identificar todos os genes responsáveis por nossas características normais e patológicas. Será possível analisar milhares de genes ao mesmo tempo e as pessoas poderão saber se têm predisposição aumentada para certas doenças, como diabete, câncer, hipertensão ou doença de Alzheimer, e tratar-se antes do aparecimento dos sintomas. As vacinas de DNA poderão eliminar doenças como a tuberculose ou a Aids. Os remédios serão receitados de acordo com o perfil genético de cada um, evitando-se assim os efeitos colaterais. Paralelamente a esses avanços, inúmeras questões éticas já estão sendo discutidas e outras irão surgir. Nos últimos anos, inúmeros pesquisadores vêm tentando identificar genes de suscetibilidade para doenças psiquiátricas ou distúrbios de comportamento. Descobriu-se, por exemplo, um polimorfismo ligado ao gene transportador da serotonina que causa uma recaptação diminuída dessa substância na fenda sináptica. Outros trabalhos muito polêmicos sugerem que o homossexualismo masculino, o “bomhumor” e o otimismo também teriam influências genéticas. Uma outra questão ética é a possibilidade de se escolher o sexo de um futuro bebê. Já no caso de doenças genéticas, a identificação de genes deletérios é fundamental para o diagnóstico diferencial de doenças clinicamente semelhantes, para a prevenção e para futuros tratamentos. Após inúmeras discussões éticas internacionais a respeito, o consenso foi não realizar testes pré-sintomáticos em crianças, com risco para doenças genéticas de manifestação tardia, para as quais ainda não há tratamento. O argumento mais forte é que ao testar crianças assintomáticas estaremos negando-lhes o direito de decidir, quando adultas, se querem ou não ser testadas. Os avanços na tecnologia da biologia molecular têm sido tão rápidos que o número de testes genéticos disponíveis, tanto para características normais como patológicas, estão aumentando dia a dia. Enquanto as questões éticas estão sendo debatidas no âmbito acadêmico, os laboratórios estão disputando a possibilidade de desenvolver e aplicar testes de DNA, pois do ponto de vista comercial os interesses são enormes."

3º Fichamento. Questão 03 da Gincana de Genética.

O papel da Radiologia em Odontologia Legal

GRUBER J, KAMEYAMA MM, Pesqui Odontol Bras, v.15, n.3, p. 263-268, jul./set. 2001.


"A identificação pessoal é de suma importância em Medicina Forense, tanto por razões legais como humanitárias, sendo muito freqüentemente iniciada antes mesmo de se determinar a causa da morte. Muitos indivíduos são vítimas de homicídios ou encontram-se desaparecidos e a investigação desses casos depende primeiramente da correta identificação. Assim, o processo de identificação passou a ser considerado parte essencial da autópsia forense.  Métodos rotineiros de identificação incluem reconhecimento visual de vestimentas, de objetos pessoais, de impressões digitais, análises de DNA, bem como investigação médica, esquelética, sorológica, de cabelos e de dentes. Outros métodos envolvem impressões labiais e análises específicas de peculiaridades morfológicas da dentição. Na maioria dos casos em que os corpos se encontram decompostos, esqueletizados, fragmentados, queimados ou mutilados por qualquer outra razão, é extremamente comum a dentição estar intacta e fornecer informações preciosas para o processo de identificação. Isto é particularmente verdadeiro no caso de vítimas de incêndios e de desastres em massa. Assim, apesar da grande abundância de técnicas possíveis, as utilizadas em Odontologia Legal são extremamente valiosas para este propósito.  A obtenção de radiografias intra-orais de boa qualidade em pacientes vivos, em geral, não apresenta grandes dificuldades. Entretanto, quando este tipo de radiografia deve ser feito em dentições de pessoas falecidas, cujos tecidos moles perderam a elasticidade ou se tornaram rígidos, a inserção do filme, bem como sua reten-ção na posição correta entre a língua e a superfície lingual dos dentes, oferece, freqüentemente, algumas dificuldades. Particularmente complicada torna-se esta operação em corpos parcial ou totalmente carbonizados, devido à natureza extremamente frágil dos restos dentais. O uso de força para a introdução do filme pode acarretar a destruição da dentição, com perda subseqüente de informações cruciais. As radiografias intra-orais comuns podem fornecer evidências importantes quando empregadas em Odontologia Forense devido à grande quantidade de informações registradas no filme. O avanço espetacular da microeletrônica e da informática, aliado à redução no custo de equipamentos computacionais, permitiu o desenvolvimento de novas técnicas mais poderosas e confiáveis de comparação de imagens radiológicas com aplicação em Odontologia Legal. O método clássico de determinação da idade de um indivíduo pela velocidade de racemização do ácido aspártico contido em ossos foi aplicado inclusive em Odontologia Legal, por meio da medição dos teores das duas formas enantioméricas deste aminoácido na dentina. No entanto, quase 20 anos depois, estudos mostraram que os resultados são influenciados pelo pH do meio, umidade e outros fatores ambientais, podendo levar a valores errôneos. Durante centenas de anos, cirurgiões-dentistas, antropólogos, arqueólogos e paleontólogos basearam-se na forma e condição de dentes encontrados em restos humanos para identificar o sexo, a idade e o estilo de vida. Pouco tempo após a descoberta dos raios X, no fim do século XIX, e ao longo do século XX, a análise de registros dentais acompanhados de radiografias ante-e post- mortem tornou-se uma ferramenta fundamental no processo de identificação em Odontologia Legal"

2º Fichamento. Questão 03 da Gincana de Genética.

Transtornos de personalidade, psicopatia e serial killers.

MORANA HC P, STONE MH, FILHO EA, Rev Bras Psiquiatr. 2006;28(Supl II):S74-9

"A classificação de transtornos mentais e de comportamentodescreve o transtorno específico de personalidade como uma perturbação grave da constituição caracterológica e das tendências comportamentais do indivíduo. Tal perturbação não deve ser diretamente imputável a uma doença, lesão ou outra afecção cerebral ou a um outro transtorno psiquiátrico e usualmente envolve várias áreas da personalidade, sendo quase sempre associada à ruptura pessoal e social. Os transtornos de personalidade (TP) não são propriamente doenças, mas anomalias do desenvolvimento psíquico, sendo considerados, em psiquiatria forense, como perturbação da saúde mental. De fato, os indivíduos portadores desse tipo de transtorno podem ser vistos pelos leigos como pessoas problemáticas e de difícil relacionamento interpessoal. O comportamento é muitas vezes turbulento, as atitudes incoerentes e pautadas por um imediatismo de satisfação. No plano forense, os TP adquirem uma enorme importância, já que seus portadores se envolvem, não raramente, em atos criminosos e, conseqüentemente, em processos judiciais, especialmente aqueles que apresentam características anti-sociais. Achados anormais no exame eletroencefalográfico (EEG) também foram encontrados em indivíduos com transtorno de personalidade anti-social que praticaram crimes. A biologia e a genética molecular vêm colaborando progressivamente para o entendimento e o tratamento dos pacientes psiquiátricos. No entanto, até hoje, não foi possível encontrar genes específicos para os diversos transtornos mentais. Nos TP, os genes não podem ser considerados responsáveis pelo transtorno, mas, sim, pela predisposição. Conseqüentemente, é fundamental se considerar o ambiente em que vive o indivíduo e a interação com ele estabelecida. Diversos estudos comprovaram a existência de traços de personalidade determinados por características genéticas. Estudos com gêmeos monozigóticos mostraram comportamentos bastante semelhantes em suas escolhas pessoais, sociais e profissionais, mesmo em indivíduos criados em ambientes diferentes. Existem 8 tipos de transtornos específicos de personalidade: paranóide; esquizóide; anti-social; emocionalmente instável; histriônico; anancástico; ansioso; e dependente. O diagnóstico dos transtornos de personalidade é ainda hoje de difícil identificação pelos psiquiatras. Para o diagnóstico de TP é necessária uma boa e minuciosa avaliação semiológica. Investiga-se toda a história de vida do examinando, verificando a existência ou não de padrão anormal de conduta ao longo de sua história de vida. Conseqüentemente, o índice de confiabilidade do diagnóstico é baixo, sendo o índice KAPPA de 0,51. No exame pericial, é fundamental a observação atenta do comportamento do examinando, desde o momento de sua entrada na sala de exame. Isso porque a tendência do periciando é repetir, ainda que de forma inconsciente, o seu padrão de funcionamento mental, sobretudo como ele se manifesta no relacionamento interpessoal, o que poderá ser utilizado como critério de diagnóstico. Segundo Adshead, os TP ainda representam um desafio terapêutico e o autor propõe um modelo constituído de sete fatores para checar a viabilidade de seu tratamento. São eles: 1) a natureza e a gravidade da patologia; 2) o grau de invasão do transtorno em outras esferas psicológicas e sociais, bem como o seu impacto no funcionamento de diferentes setores de sua vida; 3) a saúde prévia do paciente e a existência de comorbidade e fatores de risco; 4) o momento da intervenção diagnóstica e terapêutica; 5) a experiência e a disponibilidade da equipe terapêutica; 6) disponibilidade de unidades especializadas no atendimento de condições especiais; e 7) conhecimento científico sobre esse transtorno, bem como atitudes culturais em relação à concepção do tratamento. Dos serial killers com psicopatia, 93% também apresentaram transtorno sádico. Os transtornos de personalidade, sobretudo o tipo anti-social, representam verdadeiros desafios para a psiquiatria forense. Não tanto pela dificuldade em identificá-los, mas, sim, para auxiliar a Justiça sobre o lugar mais adequado desses pacientes e como tratá-los"

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Questão 10 da Gincana de Genética

Divulgação do meu vídeo foi feita por:

Entrevista. Questão 01 da Gincana de Genética

Entrevista com Flávio Henrique da Silva:

Flavio Henrique da Silva concluiu o doutorado em Ciências Biológicas (Bioquímica) pelo Instituto de Química da Universidade de São Paulo em 1996, sob orientação do Dr. Hamza El-Dorry. É Professor Associado 3 da Universidade Federal de São Carlos, onde atua desde 1992. Atua na área de Bioquímica, com ênfase em Biologia Molecular. É coordenador do Laboratório de Biologia Molecular (LBM) e um dos coordenadores do grupo de pesquisa do "Bioquímica e Biologia Molecular". É membro do Centro de Biotecnologia Molecular e Estrutural (CBME-CEPID-FAPESP). Coordena, no LBM, trabalhos em biotecnologia de plantas e insetos praga; celulases e glucosil hidrolases em geral; inibidores de proteases cistatínicas; proteases; metagenômica e prospecção de genes de interesse biotecnológico.



1- Qual sua formação?

Licenciado e Bacharel em Ciências Biológicas (Universidade Federal de São Carlos, SP) Doutor em Bioquimica (Instituto de Quimica da USP, São Paulo).

2- O que faz um profissional de sua área?
A atuação é bastante ampla. No meu caso, sou um professor universitário, e como tal, tenho várias atribuições dentro da Universidade. Devo realizar atividades de ensino (graduação e pós-graduação), pesquisa e extensão. Além das aulas que ministro, oriento alunos de graduação e pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutoramentos) na realização de pesquisas científicas. Além disso, realizo trabalhos de extensão, em parceria com empresas. Meu trabalho é de cunho biotecnológico, principalmente no estudo de genes e proteínas de interesse biotecnológico. Produzimos proteínas recombinantes, desenvolvemos canas-de-açúcar transgenicas mais resistentes a pragas, estudamos o genoma de pragas agrícolas e também da cana-de-açúcar.

3- Atualmente, você desenvolve alguma pesquisa ou projeto?
Vários. Como citado acima, trabalhamos em nosso laboratório com cana-de-açúcar e insetos que a atacam; trabalhamos com produção de enzimas para bioetanol; metagenomica (estudos genomicos ambientais) etc.

4- Qual a importância de sua área de pesquisa na sociedade?

A biotecnologia tem um impacto enorme na sociedade. Sua aplicação compreende a área de saúde (animal e humana), no desenvolvimento de medicamentos e diagnóstico de doenças, passando pela área agrícola (no desenvolvimento de plantas mais resistentes, diagnóstico etc) até a área industrial, que trata da produção de moléculas com aplicação biotecnológica.


5- O que te levou a se especializar nessa área?

Sempre gostei muito de biologia, particularmente, a biologia molecular. Por isso, aprofundei meus estudos na área. Muito mais que pelos aspectos financeiros, fui atraido pela área por gostar dela e sentir que seria um bom profissional agindo desta forma.

6- Quais seus objetivos no presente e para o futuro?

Continuar a produzir ciência de boa qualidade; publicar bons trabalhos em boas revistas internacionais (cada vez melhores); continuar orientando bons profissionais, de forma que eles se encaixem no mercado de trabalho; ver meus estudantes bem sucedidos.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

1º Fichamento. Questão 03 da Gincana de Genética

Anomalias dentárias associadas: o ortodontista decodificando a genética que rege os distúrbios de desenvolvimento dentário.

GARIB DG, ALENCAR BM, FERREIRA FV, OZAWA TO Dental Press J. Orthod. v.15, no.2 p. 138-157, Mar./Apr. 2010

"A dentadura mista representa uma das manifestações de perfeição da natureza. Mas o desenvolvimento da dentição pode mostrar algumas imperfeições e, no transcorrer da dentadura mista, o profissional depara-se com irregularidades odontogênicas: as anomalias dentárias. A influência de fatores genéticos e ambientais na etiologia das más oclusões representa tema de grande importância na Ortodontia. E os novos rumos da pesquisa em Odontologia caminham para o conhecimento do genótipo humano. Tais evidências provêm de investigações em famílias, em gêmeos monozigóticos, e da observação de associações na ocorrência de determinadas anomalias. O prognatismo mandibular da família imperial austro-húngara Hapsburg representa o mais clássico exemplo de característica genética de interesse ortodôntico, em humanos, transmitida por sucessivas gerações. Certas anomalias dentárias aparecem frequentemente associadas em um mesmo paciente, mais do que se esperaria ao acaso. Isso se explica porque um mesmo defeito genético pode originar diferentes manifestações ou fenótipos, incluindo agenesias, microdontias, ectopias e atraso no desenvolvimento.

Agenesias dentárias
A agenesia dentária constitui a anomalia de desenvolvimento mais comum da dentição humana, ocorrendo em aproximadamente 25% da população. O terceiro molar representa o dente mais afetado por essa anomalia, exibindo uma prevalência de 20,7%. Os segundos pré-molares inferiores representam os dentes mais comumente ausentes, seguidos pelo incisivo lateral superior e pelos segundos pré-molares superiores.

Microdontia
A redução no tamanho dentário representa uma expressão parcial do mesmo defeito genético que define a agenesia. Isso explica a clássica associação entre a agenesia unilateral do incisivo lateral superior e a microdontia do dente contralateral. Aproximadamente 20% dos pacientes com agenesia de segundos pré-molares também apresentam microdontia dos incisivos laterais superiores.

Erupção ectópica dos primeiros molares superiores
Em 4% das crianças, o primeiro molar superior “erra” a sua trajetória eruptiva, desvia-se demasiadamente para mesial e acaba por estimular a reabsorção parcial da raiz dos segundos molares decíduos. Aproximadamente metade dos casos apresenta um caráter reversível, e o primeiro molar superior acaba por irromper espontaneamente na arcada dentária. Nos casos irreversíveis, os primeiros molares, inaptos a reabsorver o esmalte dentário, permanecem retidos por cervical da coroa dos segundos molares decíduos.

Transposição entre incisivo lateral e canino permanentes inferiores
Conceitua-se como transposição dentária, a ectopia de dentes permanentes que redunda na inversão de suas posições naturais na arcada dentária, no mesmo quadrante. Dois tipos de transposições dentárias são apontados na literatura como apresentando etiologia essencialmente genética e, portanto, comumente associadas a outras anomalias dentárias: a transposição entre canino e primeiro pré-molar na arcada superior, e a transposição entre canino e incisivo lateral permanentes na arcada inferior.

Erupção ectópica dos caninos permanentes superiores
Os caninos superiores representam os dentes que se formam mais distantes da arcada dentária, apresentam a raiz mais longa. Enquanto se movimentam em direção à cavidade bucal, sua coroa volumosa atravessando o estreito rebordo alveolar superior pode ser palpada sob a mucosa vestibular, acima dos caninos decíduos. Quando essa palpação é positiva, significa que esses dentes apresentam um excelente prognóstico de erupção espontânea. No entanto, em aproximadamente 1,5% da população, os caninos assumem uma trajetória ectópica de erupção, desviando-se para palatino em relação aos incisivos laterais. Ao encontrar uma cortical óssea densa, recoberta por uma mucosa palatina espessa e fibrosa, acabam ficando retidos.

Transposição entre canino e primeiro pré-molar superiores
Além da erupção ectópica por palatino, outra importante, porém bem menos frequente, ectopia que envolve os caninos superiores consiste na transposição entre esse dente e o primeiro prémolar superior. O quadro clínico típico mostra o canino superior permanente irrompido por vestibular entre os dois pré-molares superiores. Frequentemente, o canino apresenta-se girado para distal e o primeiro pré-molar apresenta-se girado para mesial e com uma angulação da coroa para distal. Esse é o tipo de transposição mais comum na espécie humana e acomete aproximadamente de 0,03 a 0,25% da população.

Distoangulação do segundo pré-molar inferior
Representa um diferente fenótipo ou uma expressão mais branda do mesmo defeito genético que ocasionou a agenesia. Esse tipo de associação assemelha-se muito ao clássico quadro clínico composto pela observação da microdontia do incisivo lateral superior em pacientes com agenesia unilateral do referido dente.

Infraoclusão dos molares decíduos
Em algum ponto da raiz, uma ponte de tecido mineralizado substitui o espaço do ligamento periodontal, unindo osso alveolar e cemento. A partir desse momento, o dente inapto a desenvolver-se no sentido vertical vai ficando progressivamente em infraoclusão, à medida que a face cresce.

Atraso no desenvolvimento dentário
Somado ao generalizado atraso no desenvolvimento dentário comumente observado em pacientes com anomalias, um tipo dentário específico pode exibir uma odontogênese marcantemente atrasada em relação ao restante da dentição: os segundos pré-molares. Os segundos pré-molares apresentam uma grande instabilidade de desenvolvimento. Além da alta prevalência de agenesia, esses dentes comumente exibem atrasos de desenvolvimento, especialmente quando existe a agenesia de outros dentes permanentes."

Divulgação dos Vídeos e Visita a APAE. Questão 09 da Gincana de Genética

Vídeo do Felipe Gouveia 106.1:
http://felipegouveiasantos.blogspot.com/2011/05/blog-post.html

Vídeo da Paloma Simião 105.1:
http://sorridente-ps.blogspot.com/2011/05/gincana-video-legendado-tarefa-6.html

Vídeo do André Leite 105.1:
http://andreleopoldo.blogspot.com/2011/06/questao-06-da-gincana-de-genetica-meu.html

Vídeo da Gisele Cartaxo 106.1:
http://giselecartaxo.blogspot.com/2011/05/video-legendado-de-gisele-cartaxo.html

Vídeo da Renata Gomes 106.1:
http://gomesarruda.blogspot.com/2011/05/video-legendado-de-renata-natalia.html

Vídeo da Lívia Karynne 201.1:
http://liviakarynnelivia.blogspot.com/2011/05/meu-video.html

Vídeo do Valdemir Silva 305.1:
http://valdemir2011.blogspot.com/2011/05/replicacao-de-dna-video-legendo.html

Vídeo da Carliane Mendonça 106.1:
http://carlianemendonca.blogspot.com/2011/06/carli.html

Vídeo da Jaynne Arraes 201.1:
http://jaynneodonto.blogspot.com/2011/06/meu-video.html

Vídeo do Francisco Tiago 106.1:
http://tiaguinodonto.blogspot.com/2011/06/blog-post.html

Vídeo do Felipe Santos 106.1:
http://felipecoutinhoo.blogspot.com/2011/06/blog-post_7576.html

Vídeo do Tony Feitosa 105.1:
http://tonyfeitosaodonto.blogspot.com/2011/06/video-legendado-vejam-e-divirtam-se.html

Vídeo de Italo Inacio 106.1:
http://itinodonto.blogspot.com/2011/06/blog-post_14.html

Experiência na APAE, Almira Gonçalves 305.1:
http://almiraodonto.blogspot.com/2011/05/visita-apae.html?showComment=1306326352196#c1640898666664854349

Experiência na APAE, Lara Milena 105.1:
http://larasempresorrindo.blogspot.com/2011/05/v-behaviorurldefaultvmlo.html

Experiência na APAE, Ismael Luna 106.1:
http://ismaelluna.blogspot.com/2011/05/visita-apae-atividade-2-da-gincana.html
Visita a APAE. Questão 02 da Gincana de Genética:

106.1

No mês de Maio, nós alunos da 106.1 do curso de Odontologia da Faculdade Leão Sampaio fizemos uma visita a APAE de Juazeiro do Norte.

- A Experiência:

O dia da visita pra mim ( e acredito que pra todos os alunos da 106.1)foi uma experiência única e mágica. É impressionante a capacidade daquelas crianças de transformar tudo em alegria, é como se ali não existisse espaço para tristeza, dor ou dificuldades. Foi bastante interessante passear pela APAE e descobrir ali uma arte tão rica ainda desconhecida por mim. São pinturas, oficinas de artesanato, música e dança, coisas que prendem sua atenção e você não cansa de olhar! É nessas horas que paramos pra pensar, e nos perguntamos se vale mesmo à pena reclamar tanto da vida enquanto existem pessoas que nasceram com múltiplas deficiências, enfrentam enumeras dificuldades e vivem o mais normal possível, cheios de alegria. O melhor de tudo, foi o modo como fomos recebidos. Em cada sala que eu entrava, uma criança me abraçava forte, me enchendo de carinho, e eu sentia que fazia à ela um bem danado quando retribuia o abraço. Aquelas pessoas, crianças em especial que são a maioria, não imaginam o quanto me fizeram bem. Emfim, eu saí de lá nova, uma outra Gisely!

                                                                Os alunos na APAE
Informações sobre a APAE:

A Associação de Pais e Amigos de Excepcionais de Juazeiro do Norte (APAE-JN) é uma associação beneficente, sem fins lucrativos, formada por pais, amigos e pessoas com deficiência intelectual que, unidos por objetivos comuns, buscam construir uma sociedade mais justa e igualitária.
Trabalhamos com determinação para eliminar os fatores que sustentam a exclusão das pessoas com deficiência, além de favorecer o seu desenvolvimento para uma vida com cidadania e dignidade.
Fundada em 1971 por pais de Excepcionais, surgiu com a missão de promover e articular ações de defesa de direitos, prevenção, orientações, prestação de serviços e apoio à família, direcionadas à melhoria da qualidade de vida da Pessoa com Deficiência Intelectual, de ambos os sexos, a partir de zero ano, em regime de semi-internato e à construção de uma sociedade justa e solidária.
A entidade ao longo de sua história, vem beneficiando pessoas com deficiência intelectual e suas famílias, quase todas carentes, e um número expressivo, em situação de risco econômico e social.
A entidade possui uma equipe multiprofissional, com cerca de 75 profissionais composta por psicólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, pedagogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos, professores de educação física, psico-pedagoga, professores especializados e auxiliares, administrador, auxiliares administrativos, cozinheiros e serviços gerais. Para reabilitação destas pessoas são utilizados métodos e técnicas terapêuticas específicas, através de um conjunto de atividades individuais de estimulação cognitiva, sensorial e psicomotora, visando à reeducação das funções cognitivas e sensoriais dos mesmos.
Para tanto, a APAE-JN conta com a colaboração dos governos municipal, estadual e federal e com o apoio da iniciativa privada.
Molécula de DNA. Questão 07 da Gincana de Genética:


Mais uma tarefa cumprida!

domingo, 22 de maio de 2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

Como saber se preciso de um ortodontista?

Apenas seu dentista ou ortodontista poderá determinar se você poderá se beneficiar de um tratamento ortodôntico. Com base em alguns instrumentos de diagnóstico que incluem um histórico médico e dentário completo, um exame clínico, moldes de gesso de seus dentes e fotografias e radiografias o ortodontista ou dentista poderá decidir se a ortodontia é recomendável e desenvolver um plano de tratamento adequado para você. Se você apresenta algum dos problemas abaixo, pode ser um candidato para o tratamento ortodôntico:
  • Sobremordida, algumas vezes chamada de "dentes salientes" - este problema é caracterizado por um excesso vertical da região anterior da maxila e/ou uma sobre-erupção dos dentes dessa região. Nos casos de sobremordida, os dentes anteriores superiores recobrem quase 100% dos dentes inferiores, conferindo um sorriso desagradável e problemas mastigatórios. Os dentes inferiores podem, inclusive, estar tocando no palato e na gengiva do arco superior.
  •    
  • Mordida cruzada anterior - uma aparência de "bulldog", quando a arcada inferior está projetada muito à frente ou a arcada superior se posiciona muito atrás.
  •                                                                                                                     
  • Mordida aberta - espaço entre as superfícies de mordida dos dentes anteriores e/ou laterais quando os dentes posteriores se juntam.
  • Desvio de linha mediana - ocorre quando o centro da arcada superior não está alinhado com o centro da arcada inferior.
  • Diastema - falhas, ou espaços, entre os dentes como resultado de dentes ausentes ou dentes que não preenchem a boca.
  • Apinhamento - ocorre quando existem dentes demais para se acomodarem na arcada dentária pequena.
  •          

sábado, 14 de maio de 2011

Primeiro Fórum Caririense de Odontologia

O primeiro fórum Caririense de Odontologia que acontecerá neste mês de maio, nos dias 26, 27 e 28. As inscrições iniciam nesta Segunda-feira, 16, e acabam dia 21, e podem ser feitas na loja da Faculdade Leão Sampaio no Cariri Shopping ou na própria Faculdade, no campus Saúde. Para se inscrever, basta levar dois quilos de alimento que serão doados à instituições de caridade. As palestras acontecerão no campus Lagoa Seca. Contamos com a participação dos estudantes de Odontologia e profissionais da área! 

Programação:


segunda-feira, 25 de abril de 2011

PCR - Reação em cadeia da Polimerase

Um método de amplificação de DNA sem o uso de um organismo vivo, por exemplo, bactérias ou leveduras.

Inventada em 1983 por Kary Mullis, que mais tarde ganhou o prêmio Nobel. A partir desse método houve um avanço na genética molecular, pois antes esses procedimentos eram realizados com o cultivo de células.



Kary Mullis

É uma das técnicas mais utilizadas em laboratórios de pesquisas médicas e biológicas para diversas tarefas, como o sequenciamento de genes, detecção de doenças hereditárias, que é a identificação de "impressões digitais" genéticas, construção de árvores filogenéticas, testes de paternidade, diagnóstico de doenças infecciosas e detecção de agentes patogênicos. A PCR encontra sua principal aplicação em situações onde a quantidade de DNA é reduzida.

É um método muito sensível, e deve ser realizado com muito cuidado. Em primeiro lugar, deve-se extrair o material genético da célula ou de outro material a ser estudado (por exemplo: vestígios de um crime) através da eletroforese. Depois de ser extraído o DNA, a este é adicionado uma mistura de bases nitrogenadas ligadas a um três fosfato, os primers, solução tampão e DNA polimerase.

Vídeo feito em homenagem a PCR, óooootimo hehe:

domingo, 10 de abril de 2011

Odontologia na Índia...

Vi esse vídeo no youtube e resolvi postar aqui. É incrível a falta de higíene e o local onde é feita a extração de um dos dentes dessa senhora. Em meio a várias outras pessoas, seringa que já foi usada em anteriores "pacientes" e que, consequentemente, será reutilizada nos próximos. Veja o vídeo, e tire suas próprias conclusões.

E aí? Muita coisa ainda precisa mudar não é mesmo?

sábado, 9 de abril de 2011

Os primeiros dentes do bebê!

O nascimento dos primeiros dentinhos é acompanhado por muita expectativa e dúvidas. Veja as mais comuns e curta esse momento com tranqüilidade!


Um belo dia, naquele sorriso tão familiar, surge uma novidade: nasceu o primeiro dentinho do bebê! O evento é logo comunicado aos avós, tios, amigos, e é mais uma pequena festa para a família.
Em geral, o primeiro dentinho vai nascer quando seu bebê tiver cerca de 6 meses, mas variações individuais podem adiantar ou atrasar essa data, sem prejuízo ou vantagem para a criança. O importante é que, até os 3 anos, ela esteja com a primeira dentição completa: 20 pequenos dentinhos de coloração leitosa, 10 no arco dentário superior e outros 10 no arco inferior.
Assim como a data do primeiro dente, a seqüência dos outros varia, mas em geral segue uma ordem: os da frente vêm antes do que os detrás, os de baixo nascem primeiro do que seus correspondentes de cima.


#Veja abaixo a data média do nascimento dos dentes de leite:

.6 meses - incisivos centrais inferiores
.7 meses - incisivos laterais inferiores
.7 meses e meio - incisivos centrais superiores
.9 meses - incisivos laterais superiores
.12 meses - primeiros molares inferiores
.1 ano e 2 meses - primeiros molares superiores
.1 ano e 4 meses - caninos inferiores
.1 ano e meio - caninos superiores
.1 ano e 8 meses - segundos molares inferiores
.2 anos - segundos molares superiores

domingo, 27 de março de 2011

O perigo do beijo na boca


Atualmente nossa sociedade incorporou o hábito de "ficar", no qual pode-se beijar várias pessoas, geralmente desconhecidas, em uma mesma balada.
Porém, o hábito do beijo na boca, visto por muitos como algo inofensivo, trás o perigo da transmissão de várias doenças, inclusive as sexualmente transmissíveis.
A gengivite, por exemplo, é uma infecção bacteriana que teve sua incidência aumentada nos últimos anos, provavelmente em decorrência do hábito de “ficar”. De acordo com um estudo publicado em fevereiro de 2006 no British Medical Journal, beijar na boca várias pessoas aumenta em quatro vezes o risco de adolescentes contraírem meningite, uma infecção cerebral potencialmente fatal. Já a bactéria causadora da temida cárie dental, streptococcus mutans, também pode ser transmitida pelo beijo na boca.
Além das bactérias, o beijo também pode transmitir vírus causadores de doenças. Uma dessas doenças, a mononucleose, recebeu como nome popular "doença do beijo". Mononucleose é causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB) e, depois de um período de incubação de 30 a 45 dias, a pessoa pode permanecer com vírus para sempre no organismo. 
Mononocleose pode ser uma doença assintomática, ou apresentar sintomas que incluem: fadiga, dor de garganta, tosse, inchaço dos gânglios, perda de apetite, inflamação do fígado e hipertrofia do baço. Outra doença por vírus mais conhecida, e também transmitida pelo beijo, é o herpes labial. Essa doença é provocada pelo vírus herpes simplex e pode causar bolhas e feridas nos lábios e pele ao redor da boca.
As temidas doenças sexualmente transmissíveis (DST) também podem ser contraídas pelo beijo. O Departamento de Saúde dos EUA considera que pode haver risco, apesar de muito pequeno, de transmissão do vírus HIV, causador da doenças da AIDS, através do beijo da boca caso existam feridas ou sangramento na boca. O risco de transmissão do HIV através do beijo na boca teoricamente é maior em pessoas com body-piercing na língua ou lábios. Um beijo mais ardente poderia provocar sangramento na região do body-piercing, havendo o risco de infecção do vírus HIV se o sangue entrar em contato com uma lesão bucal ou corte. Outras DST também transmissíveis pelo beijo incluem sífilis e gonorréia.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Clonagem

O que é clonagem?

A palavra clone (do grego klon, significa “broto”) é utilizada para designar um conjunto de indivíduos que deram origem a outros por reprodução assexuada.

A Clonagem é o processo natural ou artificial em que são produzidas cópias fiéis de outro indivíduo (homem, animais, etc.), ou seja, a clonagem é o processo que formará um clone.

O termo clone foi criado em 1903, pelo botânico norte-americano Herbert J. Webber, segundo ele, o clone é basicamente um descendente de um conjunto de células, moléculas ou organismos geneticamente igual à de uma célula matriz.

O processo de clonagem natural ocorre em alguns seres, como as bactérias e outros organismos unicelulares que realizam sua reprodução pelo método da bipartição, além disso, o tatu também produz um clone através da poliembrionia.
No caso dos humanos, os clones naturais são os gêmeos univitelinos,ou seja, são seres que compartilham do mesmo material genético (DNA), sendo originado da divisão do óvulo fecundado.

No processo de clonagem artificial existem várias técnicas de clonagem, uma delas permite clonar um animal a partir de óvulos não fecundados, sendo este processo conhecido desde o século XIX, estes processos eram praticados pelos horticultores que obtinham clones de orquídeas, que através de tecidos meristemáticos de uma planta matriz, originava dezenas de novas plantas geneticamente idênticas.

Clonagem de Macacos

A clonagem de macacos foi feita nos Estados Unidos utilizando as mesmas técnicas da ovelha Dolly.
A grande diferença deste tipo de clonagem foi pelo fato de utilizarem células de um embrião e não de animais adultos como o caso da ovelha Dolly.

Quais as vantagens da clonagem?

As principais vantagens da clonagem são:
- A preservação de animais em extinção;
- Desenvolvimento de animais imunes a algumas doenças que são contagiosas;
- Clonagem de células humanas para tratamento de doenças, como: pâncreas para diabéticos e de células do sangue para os leucêmicos.


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Genética

A Genética é o campo da Biologia que estuda a natureza química do material hereditário, isto é, o mecanismo de transferência das informações contidas nos genes, compartilhados de geração em geração (dos pais para os filhos).

Além de auxiliar na identificação de anormalidades cromossômicas, ainda durante o desenvolvimento embrionário, promove em caráter preventivo e curativo a utilização de terapias gênicas como medidas corretivas.

A maior colaboração para a genética atual foi dada pelo monge Gregor Mendel, através de seus experimentos com ervilhas e a proposição de suas leis (segregação independente), mesmo antes de se conhecer a estrutura da molécula de DNA.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Você Sabia?

Por muitos séculos, o oficio de tratar os dentes era praticado pelos barbeiros. Foi no século XVIII, devido aos trabalhos do francês PIERRE FAUCHARD, que fundou-se a Odontologia moderna.

1° semestre de Odonto, Faculdade Leão Sampaio.

. Genética
. O.S.P (Odontologia Social e Preventiva I)
. Embriologia
. Biofísica
. Cito/Histo (Citologia e Histologia)
. Anatomia
. Bioquímica
. Informática